Vídeo 1 - contexto histórico dos
direitos humanos.
Nesta vídeo aula o professor
Solon Viola traz uma visão geral do surgimento dos direitos humanos como sendo
movimentos sociais contra alguma forma de opressão.
Viola começa citando ritos de
nascimentos e enterro de seus mortos, como Antogona que buscava o direito
de enterrar seus filhos. Em seguida cita
a Grécia antiga onde os homens em praça
publica decidiam em processo amplo questões da vida como guerras e plantios.
Já na idade média, epidemias de fome
geram direitos de rebelião contra injustiças e desigualdades.
Poder e riqueza concentrada em
poucas pessoas e reis definindo politicas são colocados por Viola como
motivação a revolta da população francesa, culminando em 1789 na revolução
francesa e no proclame de Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Já na américa, é
citado guerras de independência como a do Estado de Virginia.
No século IXX Viola fala dos
movimentos sociais exigindo igualdade e no século XX com o horror das grandes guerras, o medo da morte passa a
acompanhar a humanidade e como reação temos a Declaração Universal dos Direitos
Humanos.
DH América Latina e Brasil.
Nesta segunda vídeo aula o
professor Solon Viola expõe como os Direitos Humanos são debatidos no Brasil e
na América Latina.
Viola coloca que no Brasil, o
estado não reconhecia os Direitos Humanos da população, estava baseada na
negativa do privilégio do outro, e a população
clamava seus direitos sem ter a noção de que estavam reivindicando
direitos humanos.
Entre 1945 e 1964 o Brasil começa
aos poucos a incorporação da Declaração
Universal dos Direitos Humanos (DUDH), porém, após a tomada do poder pelos
militares, muitos dos direitos da DUDH são negados ou infringidos. Pequenos
grupos, muitas vezes ligados a igreja, começam a divulgar os abusos do governo
militar.
Esta fase é marcada por intensas
lutas pela liberdade de expressão, direitos civis e políticos , eleições
diretas e condições de dignidade aos presos políticos. Basicamente estas lutas
fazem nascer os Direitos Humanos no brasil.
Na América latina, principalmente na Argentina,
Chile e Uruguai as lutas visavam os mesmos direitos, porém, por terem população
muito mais ativa e empenhada houveram conflitos intensos entre população e
governos, sendo colocado por alguns estudiosos como guerra civil.
Entrevista com o professor Solon Viola.
A vídeo aula 3 se trata de uma entrevista com o professor Solon Viola.
Viola apresenta Direitos Humanos
no Brasil como algo recente, sem raiz e com a mídia sendo um fator de
contraponto, ou seja, Solon defende que a visão que a mídia eletrônica passou
sobre Direitos Humanos é aquela que defende os direitos dos “bandidos”, gerando assim um preconceito histórico. Em
relação a este preconceito, Viola defende o tempo como aliado, pois conquistas
como anistia aos exilados da ditadura militar, eleições diretas, conquistas de
terras, entre outras, são caminhos que levam a clareza da representação dos
Direitos Humanos.
Em sua concepção, Viola defende a
escola com participação essencial na formação de cidadãos ativos. Ele expõe sua
ideia de escola que aprende com o aluno e o aluno aprende com a escola. Defende
ainda que se não conhecemos nossos direitos não temos compromisso com a
democracia, se conhecemos é bom, agora, se conhecemos e isto não basta “ai é
ótimo”, pois iremos nos movimentar e
buscarmos novos direitos ou que estes direitos sejam cumpridos ou respeitados.
Segundo Solon, o professor
precisa estar atento ao papel dos meios de comunicação na formação do
cidadão, pois estas exercem profunda
influencia na população brasileira. Viola encerra a entrevista lembrando que
Direitos Humanos como percepção da construção da humanidade, reconhecimento do
outro.
http://www.dhnet.org.br/dados/livros/edh/br/fundamentos/
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12316&Itemid=640
Direito internacional
Nesta vídeo aula o professor
Guilherme de Almeida comenta sobre direito internacional e educação eu DH. Ele
inicia a aula colocando que a noção de pessoa vem dos diversos direitos que ela
tem. Como exemplo ele cita o nascimento
de qualquer criança, que logo ganha nome e certidão de nascimento que lhe dará
diversos direitos como por exemplo a matricula em uma escola.
Seguindo a aula, Guilherme cita
acontecimentos da segunda guerra mundial, onde o estado alemão fez uma campanha
de nacionalização que possuía critérios para
definir quem era ou não cidadão alemão. Dentre estes critérios estava a exclusão
de judeus como cidadãos alemães, deixando-os assim sem qualquer proteção jurídica do estado. Após todo o
horror da guerra mundial, a resposta jurídica a favor dos direitos humanos foi
a DUDH.
Guilherme segue falando sobre o
desenvolvimento dos direitos internacionais fazendo um breve resumo, citando
primeiramente a DUDH, depois diversas convenções como a do estatuto do
refugiado, da eliminação de toda e qualquer forma de discriminação racial,
discriminação contra mulher, contra tortura, direitos da criança e pessoas com
deficiência. Em resumo, o
desenvolvimento se deu primeiro em universalizar do direitos humanos e
posteriormente em especificar cada um deles.
Dentro da educação em direitos
humanos, Guilherme afirma que direitos humanos é algo a se buscar, não é realidade a todos e é
necessário considerar toda e qualquer pessoa dentro do ambiente pedagógico como
sujeito de direito, a DUDH de ser parte da atividade pedagógica e cada pessoa
tem diversos direitos dentro da sua especificidade e que as politicas públicas
tem que encontrar o equilíbrio entre os direitos universais e os direitos
específicos.
Sujeito de Direito
Nesta vídeo aula o professor Guilherme de Almeida coloca ter direitos constituídos em leis não
garante que este sujeito esteja constituído, o sujeito de direitos é um
construído.
Em sua aula Guilherme cita
crianças como sujeitos de direitos, sujeitos estes em crescimento e que
necessitam de proteção integral (contra toda forma de negligencia, opressão ou
tudo que afeta seu desenvolvimento).
Guilherme comenta que é necessário encontrar formas de melhor aplicar o
Estatuto da Criança e do Adolescente por todos os tipos de profissionais e
defende ainda que sejam feitas reflexões e debates para encontrar formas para
que o sujeito de direito seja constituído. Para isso, Guilherme coloca o
dialogo como ferramenta pedagógica para primeiro diminuir a violência contra a
criança e que este dialogo traga uma resposta com condição de igualdade entre
todos.
Professora Nazaré Zenaide
Nesta aula a professora Nazaré
Zenaide conta um pouco da historia do
desenvolvimento da Educação em Direitos Humanos (EDH) no Brasil retomando a
historia história do Brasil com seus 3 séculos de colonização, onde direitos
dos cidadãos eram restritos.
Continuando a trajetória da EDH
no Brasil, Zenaide destaca a luta pela criação de um sistema nacional de
educação entre 1930 e 1945, nacionalização da cultura, escola gratuita publica
entre 1945 e 1964, resistência ao projeto de privatização do ensino entre 1964
e 1988 e posteriormente a universalização da educação infantil e educação
básica, expansão do ensino publico superior, educação para diversidade e EDH.
Paralelamente,
Zenaide cita o as resistências a ditadura militar como grande
aprendizado a EDH, entre elas as resistências as opressões e a
busca da democracia.
Zenaide encerra a aula expondo a ideia de que deve-se viver
e também deve-se ter ensino especifico de direitos humanos na escola.
Saiba mais:http://www.dhnet.org.br/dados/livros/edh/br/fundamentos/
Documentos de referencia.
Nesta aula a professora Nazaré Zenaide expõe protocolos e
declarações de referencia para Educação em Direitos Humanos, vamos citar
algumas delas:
Convenção sobre os Direitos das Crianças.
Convenção relativa a luta contra a discriminação na esfera
do ensino.
Pacto dos direitos econômicos, econômicos e sociais 1966.
Protocolo adicional a convenção americana de direitos
humanos em matéria de direitos econômicos sociais e culturais 1988.
Plano de desenvolvimento da personalidade humana e sua
dignidade.
Declaração de Viena – onde cada pais deve construir seus
comitês nacionais para o desenvolvimento da Educação em Direitos Humanos.
Plano de ação integrado sobre educação para a paz, os
direitos humanos e a democracia (unesco
1994).
Carta democrática interamericana (2001)
Pacto interamericano de educação em direitos humanos (2010)
Programa mundial de educação em direitos humanos (ONU 2004).
Nazaré encerra a aula argumentando que é necessário a capacitação
de todos os profissionais e principalmente de professores visando a educação em direitos humanos.
Dimensões da Educação em Direitos Humanos.
Nesta aula a Professora Ana Maria Klein destaca em sua aula
marcos importantes na Educação em Direitos Humanos.
Em seguida Ana traz as dimensões sobre a EDH, entre elas se destacam os conhecimento historicamente
construídos sobre Direitos Humanos; valores, atitude e praticas sociais que
expressem a cultura dos direitos humanos;
Fortalecimento de praticas individuais e sociais que gerem ações e
instrumentos em favor da promoção da proteção e da defesa dos direitos humanos.
Em seguida são mostrados quadros que comentam um pouco estas dimensões citadas.
Plano nacional de EDH
Nesta aula a professora Aida Monteiro relembra os marcos nos âmbitos
nacionais e internacionais que marcam a
luta e implementação dos Direitos Humanos nacional e internacionalmente,
entre estes marcos estão destacados a DUDH, a constituição brasileira de 1988 e
a Lei de Diretrizes e Bases (LDB).
Aida coloca o Plano Nacional de
Educação como um documento norteador que possibilita um conjunto de ações que
podem ser desenvolvidas em favor a EDH e
destaca as áreas da Educação Básica, Educação Superior, Educação Não Formal,
Educação Para Profissionais do Sistema de Justiça e Segurança e Educação e Mídia.
Assim como defendido por outros
professores deste curso, Aida expõe que
não basta conhecer direitos mas é preciso lutar para que estes direitos sejam
cumpridos.
Veja também:http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12316&Itemid=640
EDH e Ambiente Escolar
Nesta aula a professora Ana Maria Klein inicia comentando
que apesar de ter direitos garantido em leis, não necessariamente isto se
aplica na pratica. Ana Maria também comenta que DH é sempre lembrado quando
existe a necessidade de reparar algum
direito violado e que a EDH é trata-se de um modo de vida que deve orientar a
vida na escola e na sociedade, isso implica em:
- Vivencia e convivência em ambientes democráticos
- Ações protagonistas por parte dos estudantes.
- Articulação entre escola e comunidade.
Como principais dimensões relacionadas a ambiente escolar,
Ana Maria destaca: relações humanas (compreendendo como o espaço das relações
interpessoais e das relações dos estudantes com o conhecimento, motivação dos
estudantes e dos docentes, forma de resolução de conflitos, princípios que
oriente a vida em comum, relações com a comunidade); espaço físico
(edificações, cuidados com a estrutura física, instalações sanitárias,
localização, mobiliário, etc).
Ana Maria encerra sua aula pontuando tópicos das relações
humanas.
Ana Maria inicia sua aula com uma reflexão sobre processo
ensino aprendizagem.
Direitos Humanos são colocados como temas interdisciplinares
e transversais por Ana Maria.
Dando sequencia, é citado a aprendizagem baseada em problemas, que tem como ponto de partida o uso de problemas para aquisição de conhecimentos.
A aula se encerra com a proposta de problematizar a realidade, processo este que implica em conhecimentos vindos de diversas áreas do saber.
Inclusão e acessibilidade.
Nesta aula a professora Simara Zardo faz uma reflexão sobre uma a evolução das politicas de
inclusão e acessibilidades no Brasil.
Simara lembra das perseguições sofridas na antiguidade onde
pessoas com deficiência eram mortas, tempos depois consideradas como pecadoras
e posteriormente vistas com olhos de
caridade ou piedade.
Sobre as politicas sobre inclusão e acessibilidade Simara
destaca os grandes avanços no Brasil a
partir da constituição de 1988, onde o artigo 208 trata da educação para alunos
com necessidades especiais, seguido da LDB que possibilita currículo adaptado,
o ECA e a Politica de 2008 que trata a
educação especial de forma transversal . Ainda sobre a evolução da educação
especial, é lembrado que inicialmente o
deficiente tinha de se adaptar
as escolas e com as politicas educacionais
atuais a escola é quem deve acolhe-la e se adaptar as necessidades do aluno.
Se aprofundando em
acessibilidade, Simara cita como
principais tópicos, acessibilidade arquitetônica, acessibilidade de
comunicação, acessibilidade pedagógica e
acessibilidade em tecnologia e informação.
Comitês de EDH: possíveis
parcerias.
A professora Sinara Zardo
inicia sua aula afirmando que a
proposta de comitês em EDH tem como fundamento a convenção de Viena em 1993
onde se defende a educação como instrumento de
implantação de cultura de direitos. Os países participantes desta
convenção se comprometeram a criar comitês regionais e nacionais.
Em 2003 no Brasil, é criado o Comitê
Nacional de Educação em Direitos Humanos, composto representantes do governo,
representantes de organismos internacionais, especialistas e militantes ligados
a Direitos Humanos. Este comitê foi o responsável pela elaboração da primeira
versão do Plano de Educação de Direitos
Humanos, implantado em 2003. Sua versão final veio em 2006 com revisão em 2007.
O objetivo era implementação de comitês regionais e estaduais com objetivo de implantar politicas de EDH nestes Estados
e Municípios. É tarefa do comitê elaborar o plano de Direitos Humanos e Educação em Direitos
Humanos.
Sinara cita ainda o Plano
Nacional de Direitos Humanos 3, documento este que orienta a atual politica de
DH no Brasil. Finalizando, cada Estado e
Município tem autonomia para criação de seus comitês.
O papel da escola no educativo de DH.
Professora Aida
Monteiro afirma a Escola como uma instituição social de papel
importante pois ela possibilita
aprendizagem, socialização e construção de novas aprendizagens no campo
cognitivo, afetivo, emocional.
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